A vitamina C ou ácido ascórbico na nutrição para cicatrização, embora muito conhecida para combater os efeitos da gripe. A utilização da Vitamina C como suplemento importante para acelerar e melhorar o processo de cicatrização, ainda não é suficientemente explorado. O consumo de vitamina C é essencial para os seres humanos, primatas, cobaias e algumas espécies de morcegos. As plantas e a maior parte dos animais sintetizam a vitamina C. Peixes primitivos ou peixes pré-históricos, anfíbios e répteis sintetizam a vitamina C no rim; enquanto mamíferos sintetizam no fígado.

A vitamina C é protagonista quando se fala em gripe, imunidade, antioxidante. Embora, a deficiência de vitamina C provoque o Escorbuto, doença que se manifesta nos tecidos conectivos, além de outros sintomas. A vitamina exerce papel importante na formação da matriz  extracelular. Ela atua como cofator da enzima prolil-hidroxilase, que faz a hidroxilação do aminoácido prolina nas cadeias alfa de colágeno. Fazendo com que ocorra o aumento do número de ligações de hidrogênio na molécula, dando assim maior rigidez ao colágeno. A função de cofator acontece também em outras enzimas necessárias para a síntese de macromoléculas derivadas de aminoácidos, neurotransmissores, hormônio polipeptídicos. E  também para várias hidroxilases  que atuam na regulação da transcrição gênica e de mecanismos epigênicos. Ufa! Respira que vem mais.

A vitamina  C é essencial para a oxidação da fenilalanina e da tirosina e para a conversão de folacina em ácido tetra-hidrofólico (THFA). E é extremamente necessária para a redução do ferro férrico a ferro ferroso no trato intestinal.

Vitamina C e a saúde

Doenças cardiovasculares – estudos apresentam o papel antioxidante da vitamina Cna diminuição do estresse oxidativo, quadro bastante comum nas doenças cardiovasculares. Pesquisas apontam que uma concentração de 0,8mg/dl inibe a oxidação provocada por metais  das LDL (colesterol LDL). Esta função se dá em razão da capacidade da vitamina C de sequestrar espécies reativas do oxigênio e do nitrogênio, prevenindo assim o ataque das LDL. É a função antioxidante se apresentando.

Câncer – o papel da vitamina C na redução do risco de alguns tipos de câncer, estão sendo apontados há algum tempo. Sobretudo, os tipos de câncer que não são dependentes de hormônios e  sim do tipo de alimentação, como o câncer de mama e o de cólon. Estudos demonstram que uma dieta com cerca de 300mg/dia diminui em cerca de 37% o risco de câncer de mama. No que diz respeito ao câncer de estômago, foi constatado que o efeito da vitamina C se deve a capacidade de inibir a formação de compostos cancerígenos derivados do nitroênio e também seu papel como antioxidante, atuando sobre a mucosa gástrica.

Cataratas – algumas pesquisas apontam o efeito inibidor da vitamina C sobre esta doença. Foi realizado um estudo com 4003 indivíduos e os resultados constataram que a vitamina C diminui o risco de alterações da retina em razão da idade e degeneração macular.

Vitamina C e as perdas durante o preparo de alimentos

É encontrada praticamente em todos os vegetais. Durante a preparação para consumo ou armazenamento, pode ocorrer perdas da vitamina. A lixiviação (movimento comum durante a lavagem com água) durante a preparação dos vegetais é um dos fatores que provoca perdas. As hortaliças verdes perdem mais de 50% da vitamina C durante o cozimento por longo tempo. A presença de oxigênio também provoca perdas, em razão da formação de ácido ascórbico na forma oxidada (DHAA), que é menos estável. Quando se forma o DHAA, acontece uma reação de abertura do anel (na estrutura), rápida e irreversível, para formar ácido 2,3-diceto-L-gulônico (DKGA) que não tem atividade vitamínica.

No preparo de sucos, a  acidez assegura maior estabilidade da vitamina. A estabilidade pode ser melhorada com a presença de citrato e flavonoides.